quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

The Texas Chainsaw Massacre

O Massacre da Serra Elétrica - 1974

EUA - 83min. Cor
Idioma: Inglês
Direção: Tobe Hooper

“The film which you are about to see is an account of the tragedy which befell a group of five youths…”

Assim começa o meu filme de terror favorito. Outros diretores deram passos adiante dentro deste gênero sinistro, como Roman Polanski em O Bebê de Rosemary. Mas ao invés de sofisticar o estilo, Tobe Hooper, em seu primeiro longa-metragem, entrou de cabeça no chamado Trash.

Explica-se: não há explicações filosóficas e/ou sociais para o ocorrido. Não há paralelos com a situação política da época. Não há lição de moral. Ao contrário de, citemos, David Cronenberg, não há intelectualismos ou filosofias cerebrais no meio do ‘gore’. Só há terror na sua mais pura forma, proporcionada deliciosamente por esta família de açougueiros canibais.

Hooper realizou o ideal da maioria dos diretores independentes, em suas estréias no Cinema. Bolou, escreveu, dirigiu, produziu, fez a trilha sonora e operou a câmera. Baseado na história verídica de Ed Gein, um lunático psicopata Norte Americano, acusado de assassinar pelo menos duas pessoas, e exumar diversos cadáveres nos cemitérios - curiosamente, sua trajetória macabra originou um filme um tanto diferente deste que nos referimos: Psicose, de Alfred Hitchcock.

O roteiro do Massacre da Serra Elétrica é bem simples. Cinco jovens saem de férias no estado do Texas, se hospedam na casa de parentes de alguns deles, e se dão mal. Nas redondezas se deparam com a família do barulho, que além de fazer todas as atrocidades que eu já mencionei, decoram sua casa com carcaças de animais mortos, esqueletos humanos, entre outras porcarias.

Agora entra a parte do envolvimento pessoal: comprei este vhs aos 10 ou 11 anos, numa promoção em uma antiga locadora próxima de minha casa. Deste então, assisto religiosamente este filme todos os anos. Já perdi a conta de quantas vezes já vi Leatherface retalhar, pendurar em ganchos, marretar, esquartejar e traumatizar essa garotada em questão.

Além de A Bay of Blood, de Mario Bava (1971), creio que este é o filme de horror mais influente de sua década. Assim como A Noite dos Mortos-Vivos de George Romero, na década anterior, o Massacre... padronizou um novo tipo de filmes. De repente todo mundo queria criar um ‘monstro’ que estraçalhasse garotinhas indefesas em lugares isolados. Cada vez mais as características dos filmes ‘B’ ganhavam espaço nas grandes produções. Tanto é que, hoje em dia, década de 2000, é difícil fazer um filme com tanto sangue, que não fique banal. É por este motivo que não vi, nem pretendo ver, os remakes recentes do Massacre....Infelizmente, Tobe Hooper nunca mais se igualou à esta brilhante estréia. Fracassou no seu segundo longa, Eaten Alive, de 1976. Porém, obteve algum sucesso comercial na década de 80, com Funhouse, Poltergeist (projeto do Steven Spielberg), alguns filmes de ficção, e até mesmo uma avacalhada seqüência do Massacre.... Este último até que me agrada, despretensioso, engraçadinho e bem diferente do clima de sua primeira parte. Quase uma autoparódia.

Bem, não sei mais o que falar. Ah, sim, uma pequena curiosidade: em Taxi Driver, de Martin Scorsese (1976), pode-se notar um cinema anunciando em sua programação The Texas Chainsaw Massacre. Que coisa, dois dos meus filmes favoritos, interligados desta maneira. Não tinha como me agradar mais.

Autor: Tiago Santana

2 comentários:

  1. Realmente esse filme é um clássico do terror! e o melhor filme do Tobe Hooper de longe...

    Só tem uma coisa que não me agrada, aquele gordo paralítico... puta cara chato da porra! deveria ter sido empalado pelo Leatherface...

    Assisti o remake (com a Jessica Biel) e realmente é muito fraco, praticamente uma mistura de Massacre com aquela novelinha mongol "Malhação", já o outro (MDSE: O Ínicio) me agradou bastante! bem mais cruel e real! algo que Tobe Hooper conseguiu passar nesse clássico de 74...

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  2. O remake é muito ruim realmente, mas a Jessica Biel está tão gostosa, que eu vi até o final.

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